
Conheça a história inspiradora de Keith Cabral: mãe, cabeleireira e empreendedora especialista em cachos, crespos e ondulados. Neste especial de Dia das Mães, descubra como Keith equilibra a maternidade com o sucesso no mundo dos negócios, compartilhando sua paixão pelo negócio e empoderamento feminino.
A princípio senti muito medo, pois não estava esperando pela gestação. Não estava nos nossos planos, mais estava nos planos de Deus e foi o maior presente que recebi de Deus.
Minha expectativa era dormir uma noite inteira (risos).
Tudo que é novo dá um medinho, e a gente aprende assim, com medo, com os erros. A maternidade não vem com manual de instrução, cada mulher vive sua maternidade de uma forma diferente.
Haaa ser mãe me mudou, me moldou, amo demais essa versão. Sou uma pessoa melhor, sinto mais empatia por outras mães. E a marternidade me aproximou de outras mulheres, fiz muitas amizades no meio materno.
Nossa foram tantos, de início foi ficar sozinha, meu esposo teve somente 7 dias de folga, tive que me virar nos 30. As visitas fora de hora, meu puerpério foi muito difícil, recebia conselhos que não eram pedidos, eu me calei, perdi a voz, eu sentia que estava vegetando. Quase pirei. O primeiro mês foi muito difícil, parecia que nunca ia passar. No segundo mês minha mãe entrou de férias, ela foi meu suporte, foi meus 2 braços. Depois foi a volta ao trabalho, meu bebê tinha quase 3 meses, tinha medo de tudo, queria colocar ele numa bolha.

Hum é muito difícil, eu só consigo porque tenho muito apoio. Dividir a maternidade com o trabalho é muito desafiador, é necessário ter muito foco e não misturar as coisas. Quando estou trabalhando foco na cliente em entregar um serviço de excelência, quando estou com meu filho esqueço que sou empreendedora e dedico o meu tempo com ele. Isso é muito importante.
Já ouvi de um tudo, pessoas elogiando, criticando. No início era muito difícil lidar com as críticas, eu sentia que fazia pouco para meu filho, me sentia uma péssima mãe, nossa como já chorei. Hoje em dia eu não ligo, sei que sou uma ótima mãe, vejo como meu filho está feliz e saudável. Uma coisa que eu aprendi foi nunca julgar uma mãe.
Quer ter tempo de qualidade com o seu filho? Abre um negocio, vai empreender. Faça seus horários, controle suas finanças, eu jamais teria meu filho perto de mim sendo CLT. Se eu fosse empregada, nesse momento estaria em casa cuidando do meu filho dependendo do meu marido, eu não teria coragem de voltar a trabalhar.
Haaaa você está no caminho certo, siga seu instinto materno. E tenha confiança em Deus.
Continue mesmo com as adversidades, lembre-se você é o maior exemplo e inspiração para seu filho(a).
Antes eu não tinha noção, sempre fiz meu trabalho com muita leveza. Só tive noção quando ajudei uma cliente a sair de um relacionamento abusivo, ela era totalmente dependente do parceiro, ela sofria abuso psicológico e físico. A partir desse dia percebi que meu trabalho era muito além de autoestima, hoje trabalho com resgate. Amo ver a transformação dessas mulheres que não é só fisicamente.
A princípio foi a culpa, eu sabia que precisava de apoio, mas não queria. Minha vontade era de fazer tudo sozinha. Senti muito quando precisei deixar meu filho com um babá enquanto trabalhava, o que me confortou foi saber que ele estava bem pertinho de mim.
Agora depois de 6 meses que consegui tirar um tempinho, depois que ele começou com a introdução alimentar, antes tinha medo de ficar longe e ele precisar mim, de sentir fome. Agora fico mais tranquila, depois de meses consegui fazer uma depilação e fazer minha sobrancelha (risos). Agora a saúde mental só Deus mesmo.
Haaa amo demais o que faço, tenho algumas metas para alcançar. Mas já cheguei onde não imaginava. Sempre fui uma pessoa muito insegura, sofria e sofro demais com isso. Tive que superar meus medos, trabalhei duro dia e noite, abri mão de muitas coisas. Demorei para reconhecer que sou boa no que faço.

Haaa com certeza me sentir confortável é a minha prioridade, filho demanda muito da gente. É um coloca e tira peito pra fora, tem que estar confortável, já que é algo que vai ficar muito a mostra, não pode ter furos, rasgados.
Não, com certeza ainda não, sempre fui gordinha, acima do peso. Sempre escondi meu corpo, com a maternidade tive que colocar tudo pra fora. Fico bem mais exposta, hoje eu aprendi a respeitar meu corpo, eu gerei o meu maior bem. Ainda não vesti aquela lingerie babadeira. Algo para colocar na minha lista de afazeres.
Nosso corpo muda muito, se sentir bonita faz parte, lembro a primeira vez que sai do meu pós parto e entrei no jeans, fiz uma maquiagem e postei uma foto, recebi um monte de coraçãozinho. Me senti a última bolacha do pacote. Receber elogios é bom, mas a gente se sentir realmente bonita é essencial.
Haaa eu não lido, eu vivo… tem coisas que nunca vão voltar a ser como era, mais é importante cuidar da alimentação, saúde mental, fazer exercícios físicos e sair um pouquinho da bolha.
Eu não tenho a mínima ideia, baby doll pra mim só tem sido pra dormir, lingerie nem lembro quando foi a última vez que usei. Inclusive quero dicas de outras mães, nisso eu estou bem perdida.
É essencial que o casal seja parceiro, tem que ser um pelo outro. O parceiro precisa estar ao lado apoiando com o bebê, com os afazeres de casa. Para um casal ter tempo de qualidade é fundamental rotina e apoio. Mãe não consegue sozinha. Colocar o bebê para dormi, tomarem banho juntos, assistir Netflix e o resto vocês já sabem, só cuidado para não arrumar outro baby (risos).

Eu trabalhei em um abrigo e acolhíamos muitos bebês, muita coisa eu já tinha experiência, sempre soube que não seria fácil. Mas a minha maternidade real foi muito diferente de tudo que eu já sabia. Tive que aprender muita coisa, e me culpava quando não dava certo, queria seguir um padrão, uma rotina certinha, queria que meu filho fosse um relóginho. Na prática é bem diferente, deixei meu filho dormir sozinho no quartinho dele por 5 meses, não estava fazendo bem nem pra mim e nem pra ele. Hoje nós dormimos juntinhos com aconchego, como eu amo essa aproximação. Hoje eu levo a maternidade com muita leveza, não me culpo, meu filho vai crescer e tudo vai ser diferente, agora eu aproveito o máximo sem culpa e sem medo.
